Novembro de 2013. Ar fresco da
sombra de «Lemba lemba». É neste ambiente que nasce o grupo musical «Flor di Sperança»,
na localidade dos Engenhos, interior de Santa Catarina. Jovens cheios de
talentos, decidiram ocupar os tempos livres ao som do batuque, «txabeta» e
finação.
Onde
tudo começou
Tudo começou debaixo da sombra
de «Lemba lemba», jovens trocaram ideias entre si e dão-se conta que tem sonhos
em comum, cria um grupo de batuque.
«A forma como surgiu Flor de
Esperança parece telepatia. Tinha as minhas ideias, fazia uma investigação
sobre a cultura da minha terra, para assim compor as letras da música com o
sabor da cultura. Um dia estávamos sentados ao ar livre com violão a cantar.
Reunimos nos e surgiu a ideia de criar um grupo, cada um dava a sua ideia e dai
construímos materiais necessário e começamos a fazer ensaios», relembra Edna
Carvalho, um dos elementos do grupo.
O sucesso e conquistas
Jovens cheios de sonhos
começaram a trabalhar para idealizar os projetos. Depois de um ano surge o
convite para participarem no programa Show da Manhã na Televisão de Cabo Verde
(TCV).«Mas antes já tínhamos dado vários espetáculos: participamos nos
festivais das festas dos municípios (em Assomada, Calheta, São Domingos) e
entre vários outros sítios», enumera Edna Carvalho.
No ano passado, o grupo ganhou
primeiro lugar no concurso de Batuque realizado por Izac Vicente, organizador
dos eventos em parceria com a Câmara Municipal de Assomada, onde ganharam um
cheque de 50 mil escudos, com a gravação de um CD-DVD na ilha do Sal. «Foi um
resultado merecido e continuamos a fazer do batuque a nossa bandeira.
Nós
trabalhamos com toda a dedicação para chegar onde chegamos, embora tivemos
algumas dificuldades, mas conseguimos ultrapassar e vencer. Para o sucesso é
preciso trabalhar duro e acreditar naquilo que queres, não importa
necessariamente onde estás, tens que ter uma estratégia e uma equipa que
funciona», diz Maria Borges a vocalista do grupo.
Os elementos do grupo
acreditam que tem potencialidades para irem mais longe. O grande sonho é dar espetáculos fora de Cabo Verde e conseguir patrocínio para gravação do próximo
álbum. «A nossa vontade é maior do que o desejo. Já temos cerca de 48 músicas a
espera do patrocínio para podemos fazer a gravação. Como diz o ditado: a
esperança é último a morrer».

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