segunda-feira, 26 de junho de 2017

A qualidade do ensino na UNICV

A qualidade de ensino na Universidade de Cabo Verde há muito que tem vindo a ser caracterizado como um ensino de qualidade, mas na verdade é que há um grande número de recém-licenciados com pouca ex­periência na sua área de formação, o que é preocupante num mercado de trabalho cada vez mais exigente.

Alunos fazem formação superior e quando terminam dizem ter licenciatura, mas a verdade é que alguns destes afirmam serem licenciados sem bagagem suficiente para se integrarem no mercado de trabalho.

A instituição vem abrindo vários cursos sem ter condições de o fizerem. Os alunos sem saberem das dificuldades que vão ter durante o curso por falta de materiais e professores capacitados na área, fazem a matrícula numa certa área e quando se apercebem das dificuldades já é tarde demais. Há aqueles que chegam a desistir do curso depois de verem as dificuldades que vão surgindo ao longo do percurso escolar.

Para a maioria dos alunos desta instituição, as aulas não têm qualquer dinâmica, os professores limitam-se a ler slides e cópias e, muitas vezes, é notável a incapacidade do docente. Alguns alunos preferem não assistir às aulas porque são desmotivantes.
Por outro lado, o aluno Edimilson Leal diz que há disciplina que não tem nada a ver com o curso e que a utilização da data show é a salva vida de muito professores.

Para Vadimila Borges, aluna do curso de Jornalismo, a qualidade do ensino na UNICV é um assunto que deve ser melhorada, pois há professores com dificuldades em transmitir conhecimentos, mas realça que os estudantes também devem ser autodidácticas.

Ao contrário dos alunos, o professor Orlando Tavares acredita que a Universidade de Cabo Verde esta num bom caminho, e esta a dar passos para em direção a qualidade e que esta é a Universidade com maior numero de professor doutorados.
Para o professor Alfredo Pereira, a Universidade tem docentes capacitados, com formação na área, mas que esta tem que pensar a nível dos laboratórios, equipamentos para possibilitar aos alunos maior capacidade de saber fazer.
Que futuro para os licenciados?
Considera-se que Cabo Verde está num bom ritmo de desenvolvimento, mas o número de formados no desemprego é bastante notável, infelizmente formar não é sinónimo de emprego, o que é muito desmotivador para quem dedicou parte da sua vida para adquirir um curso superior, e que tinha em vista a integração no mercado de trabalho. Este facto é uma grande preocupação para aqueles que ainda estão se formaram e que não estão vendo saídas no término do curso.
Só de pensar que vou terminar a licenciatura e ficar sentada em casa como estou a ver muito dos meus amigos e vizinhos, sinceramente, isso me desmotiva e da me uma vontade de desistir, diz Dúnia Tavares.
A verdade é que há cada vez mais jovens “fascinados” pelo Ensino Superior, e esta é uma forma de se poder afirmar na vida, mas é de referir que nos dias que correm talvez esta não seja a melhor forma de vencer os obstáculos referentes ao mercado de trabalho em Cabo Verde.
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