domingo, 4 de junho de 2017

Diabetes: Um dos maiores problemas de saúde em cabo verde

A diabetes afeta 12,7 porcento da população em Cabo Verde, o que representam cerca de 60.000 casos, segundo os dados da INE, o que coloca o arquipélago entre os países onde a doença se expandiu mais rapidamente nos últimos 30 anos. A doença tem estado a ascender a cada dia, afetando sobretudo os acima do peso e aqueles que não são adeptos de uma dieta adequada.



A diabetes mellitus é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina. Segundo a Vanusa Barros, especialista da área a diabetes mellitus constitui um dos maiores problemas de saúde em cabo verde. A mesma disse que, o melhor remédio é apostar na prevenção, através do estilo de vida saudável, praticar exercícios físicos, e apostar numa dieta equilibrada, de modo a diminuir a ingestão de carbohidratos, e do açúcar que é muito consumido pela população cabo-verdiana.

 Falta de Insulina é a principal causa da doença
Pode se comer e beber de tudo. O segredo está em controlar a quantidade. É esta a indicação dos médicos e especialistas para quem tenha uma defi­ciente produção, ou mesmo quem seu pâncreas já não pro­duz insulina. Aquilo que para muitos é apenas um medic­amento, afinal é um componente do organismo humano.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas quando a glicose está elevada no sangue. A sua deficiente ou inexistente produção promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o surgimento da temida por uns e menosprezado por outros: a diabetes.

 Pessoas que lidam com a doença
Uma das pessoas que certamente faz parte dos dados da estatística é Elizangela Semedo, de 28 anos. Uma jovem que teve o contacto com a doença muito sedo.

Passara 15 primaveras quando a jovem descobriu a sua condição diabética. “Não imag­inava ser atingida por uma doença dessas tão cedo”, afir­ma. Conta que na altura a primeira coisa que lhe veio à mente é que já não podia comer coisas doces. Afinal os doces faziam parte do seu cardápio. “Só tinha que ter cuidado com a minha ali­mentação e com o meu corpo”, realça a jovem.

 A mesma conta que é dependente de insulina, uma vez que suas células já não a produzem. “Aplico-a duas vez­es ao dia, de manhã e da tarde”, afirma a supracitada, concluindo que considera um processo normal, uma vez que está habituada ao processo.

 Do outro lado temos a Antónia da Luz Lima, de 58 anos, que afirma sofrer da diabete e da obesidade, mas que mantem sob controlo na base dos comprimidos e exercícios físicos. “Sempre coloco alarme no meu telemóvel para não esquecer de tomar a insulina e todos os dias levanto cinco horas da manhã para fazer caminhadas”, conta a Antónia.

  Em situação semelhante encontra-se José Augus­to Mendes. Descobriu a doença há 20 anos. Hoje com 52 anos, José Augusto passa pelo mesmo proces­so, aplicando injeção de insulina duas vezes ao dia. Além disso, por ser hipertenso, é obrigado a usar out­ros medicamentos que controlem a sua tensão arterial.

José Augusto queixa-se da falta de condições para o cumprimento de todas as regras do tratamen­to. Pois, a dieta recomendada é cara e não são to­dos que possuem as condições para segui-la. O supracitado garante levar uma vida normal, uma vez que “a doença não pode dificultar o percurso da nossa vida”.

A visão dos especialistas
Uma questão delicada que preocupa os agentes de saúde é o não conhecimento da taxa de diabéticos a nível v na­cional, pois nem todos têm a sensibilidade para procurar o tratamento.

Para o especialista Tiotónio Cruz, o melhor remédio é apostar na prevenção, através de um estilo de vida saudáv­el, praticar exercícios físicos e apostar numa dieta equilibrada, de modo a diminuir a ingestão de carboidratos e do açúcar que é muito consumido pela população cabo-ver­diana.~


Já o nutricionista Daniel António Tavares Sanches expli­ca que muitos alimentos que não aparentam ter açúcar lib­ertam muita quantidade de glicose. Principalmente aqueles que são ricos em carboidratos simples e não possuem fibras. Pão branco, biscoitos, massas, as farinhas refinadas no geral, arroz e batata são exemplos. 

Estes alimentos podem liberar a glicose no sangue e complicar ainda mais a vida de quem sofre com a doença. Afirma ainda que o sal também pode causar problemas para quem sofre de dia­betes. “O sal é rico em sódio e pode trazer complicações renais, de circulação e cardiovascular”, alerta. 

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