A dupla Baú e Voginha vai actuar este
sábado,25, na cidade da Praia. O
espectáculo de apresentação do CD "Violão do Atlântico" acontece a noite pelas 21h, no Centro Cultural Português,
Cidade da Praia e tem entrada gratuita.
O espectáculo de apresentação do CD
“Violão do Atlântico” acontece esta noite pelas 21h no Centro Cultural
Português, na capital, e tem entrada gratuita.
Após o sucesso de “Relembrando os
Mestres” de 2007 e “Anthologia Acústica ” de 2015, esta dupla de “gênios”
das cordas está de volta com “Violão do Atlântico".
Segundo a editora Boa Música, este
trabalho resulta de mais uma “investigação” da qual resultou “um diálogo”
instrumental de dois mestres da música cabo-verdiana.
Com catorze 14 composições
inéditas, este álbum apresenta-se como um verdadeiro deleite musical para quem
é apreciador da música instrumental de qualidade.
O espectáculo convida assim a uma viagem
entre mornas, coladeras e outras ritmos da música das ilhas, como forma de
valorizar e preservar a identidade musical de Cabo Verde.
Nomes grandes da música
fazem o cartaz da edição deste ano, que acontece a 24 e 25. Um momento alto das
Festividades do Município, anunciado pela Vereadora da Cultura, Jassira Monteiro.
Gil Semedo, Zé Espanhol
& Vany, Lejemea, Kino Cabral, Loony Jhonson, Fidjus di Belo Freire e Blacka
são, para já, os nomes dados a conhecer para o cartaz da edição deste ano do
Festival Nha Santa Catarina, que acontece a 24 e 25, com horário de início
marcado para as 22h00.
Segundo Jassira Monteiro,
trata-se de um “cartaz riquíssimo” que vai ao encontro da nova política
cultural da autarquia, que visa “valorizar artistas de Santa Catarina, quer os que
residem do concelho como aqueles que vivem na diáspora”.
O processo de confirmação
de outros artistas encontra-se relativamente atrasado por razão da
disponibilidade de voos para Cabo Verde, um constrangimento sempre presente em
ocasiões de grande afluência ao país. No entanto, entre hoje e amanhã, deverão
ser anunciados mais nomes.
O festival acontece na
tradicional Avenida da Liberdade, à imagem das edições anteriores, com a
particularidade de o espaço ficar totalmente vedado. 45 agentes da Polícia Nacional
e igual número de seguranças privados vão garantir a ordem e segurança no
recinto e áreas limítrofes.
No que respeita aos
ingressos, os preços variam entre os 300 e os 400 escudos, consoante sejam um
ou dois dias de acesso ao recinto.
O mundo atual
ainda convive com inúmeras áreas de tensão espalhadas pelo globo e existem
regiões que vivem intensos conflitos provenientes de diversos motivos como,
luta por territórios, pela independência, por questões religiosas, recursos
minerais, disputa entre estados entre outros, que afectam
profundamente a sociedade sujeito a fome, abusos, miséria, falta de
habitação, desatenção do governo.
O mundo de hoje esta muito relacionado com
o final da guerra fria. Pós da queda do Berlim esta passa por uma serie de
transformações, onde o que importa não é tanto a questão da geopolítica, mas
sim a geoeconomia. Conflito do Médio Oriente, Estado Islâmico,
Afeganistão, África, a guerra do Iraque, guerra da Coreia, guerra do Golfo,
guerra do Vietna são os principais conflitos do mundo.
Quando tudo começou
Se no século XX deu origem à era da guerra
total, como afirmou o historiador inglês Eric Hobsbawm, o século XXI inaugura a
era da insegurança e da eminência mundial de uma nova onda de guerras. Esse
receio diante da possibilidade de novos conflitos tem o inicio com a simbólica
data de 11 de setembro de 2001, com o atentado terrorista de Osama Bin Laden às
torres gêmeas do World Trade Center. Dessa forma, o primeiro ano do terceiro
milénio começou com uma grande catáfora, em que o medo trouxe instabilidade na
defesa da paz mundial.
Nessa era da insegurança, destaca-se recentemente o atentado à capital da
Noruega, Oslo, realizado por um empresário nacionalista que motivado por
ideologias xenofóbicas causou a morte de pelo menos 76 pessoas.
Outras tensões vêm acontecendo na
atualidade, como os conflitos entre os países árabes que representam
historicamente as divergências políticas e religiosas. A divisão do mundo
islâmico em duas perspectivas – sunitas e xiitas – pode ser entendida como uma
dessas divergências que contribui para o distanciamento entre governo e
população. Um exemplo dessas diferenças de cunho religioso são as manifestações
na Síria contra o governo de Bashar al-Assad, que sendo ele um membro xiita,
realiza perseguições contra os muçulmanos sunitas.
Conflitos civis no Norte da África também ganharam força nos últimos anos.
A história nos mostra que grande parte do continente africano tem sua
identidade construída através do sofrimento e das práticas coloniais que
impediram o crescimento da região. O resultado dessa herança colonial é caótico
para a população civil que, através de reivindicações, tenta suprimir a
ausência de liberdade e democracia, como a resistência civil na Líbia, que
derrubou o ditador Muammar Gaddafi, no poder desde 1969.
Um exemplo de conflito entre dois ou mais Estados é o que ocorre entre a
Índia e Paquistão , duas potências nucleares. A Índia – de maioria hindu e o
Paquistão – muçulmano, onde o dois países disputam a região da Caxemira
localizada ao norte da Índia.
Outro exemplo de conflito é aquele que ocorre dentro de um país ( guerracivil-guerrilha), onde grupos armados objetivam a tomada do poder, é o que
ocorre na Colômbia, onde a Forças Armadas Revolucionária da Colômbia
, controlam uma área de 42 mil km2 dentro do território colombiano, instalando
uma guerra civil no país e um dos conflitos mais duradouros e sangrentos da
América Latina.
Categoria dos conflitos
De acordo com as forças em luta, os conflitos são classificados em quatro
categorias, no qual a primeira envolve dois ou mais Estados e os demais são
disputas internas como guerra civil ou guerrilha para mudança de regime,
separatista resultante de ocupação estrangeira, e separatista no
interior de um Estado.
O nacionalismo separatista é uma das
principais causas de conflitos no mundo, o desejo de soberania de ter o seu
próprio território e administrar o seu próprio destino, leva as comunidades
nacionais que vivem em estado nação, governado pelo outro povo que não é seu a
lutar.
As relações entre os Estados tornaram se
mais complexas a partir do atentado nos Estados Unidos, e a tensão militar
adquiriu força nos últimos anos. Essa instabilidade entre as nações é
exemplificada, por exemplo, na politica nuclear do Irã, que descumprindo
medidas de seguranças investe pesado na produção de armas nucleares, com
justificativa de que essa produção será exclusivamente do Ocidente, de que essa
narrativa iraniana seja coberta de interesses para uma suposta guerra nuclear.
Quem perde e quem ganha com esses conflitos
Os confrontos dispersos pelo mundo fazem
milhões de vitimas, sem contar os refugiados, pessoas que fogem da violência, o
número de refugiados vem crescendo progressivamente desde as últimas décadas do
século XX , que em 1995 já chegava a 27 milhões de pessoas. Nas diversas
regiões do globo alguns povos se destacam , como no Oriente Médio ( curdos,
palestinos e afegões), na Ásia Meridional ( indianos e paquistaneses ), na
região dos Bálcãs ( refugiados das repúblicas da ex-Iugoslávia ) e na África
Negra ( Ruanda, Sudão, Etiópia, Somália, Serra Leoa, etc.). Mas há também quem
sai ganhando com tantos conflitos.
As vendas de armas aumentaram 8% no ano
passado ( 2000 ), chegando a 37 bilhões de dólares, confirmando a condição dos
EUA como o maior fornecedor de armas ( US$ 26 bilhões ) para o mundo, principalmente
para os países em desenvolvimento, na sequência os maiores fornecedores são,
EUA, Rússia, França, Alemanha, Inglaterra, China e Itália.
Questão do Estados Unidos e Coreia do Norte
Não se pode falar em conflitos mundiais sem mencionar os EUA, que desde a
1.ª Guerra Mundial marca presença em todos e devido a tensão entre os dois
paises, é muito provavel que venha acontecer terceira guerra
mundial.
As relações entre os dois países se
agravaram no início de 1990, quando a Coreia do Norte expandiu o seu programa
nuclear e os Estados Unidos consideraram bombardear as instalações
suspeitas de desenvolvimento de armas de destruição em massa.
A Coreia do Norte é o "adversário
mais antigo" dos Estados Unidos. Os norte-americanos ajudaram a dividir a
península coreana no fim da Segunda Guerra Mundial, e então travaram
uma guerra contra a Coreia do Norte na década de 1950.
Entre os dias 26, 27 e 28, a Cidade da Praia
foi o palco do VII encontro dos Escritores da Língua Portuguesa, segunda realizada
em Cabo Verde, com o tema “Á margem da Literatura” e com os subtemas “Novas
Tecnologias de Imagem e a Internet” e “Influência das Novas Tecnologias nos
Meios Jornalísticos e na Escrita”, onde os
desafios da utilização da literatura pelas novas tecnologias foram analisados. Intercâmbios de ideias, trocas de experiências,
debates, projeção de filmes e
apresentação de algumas obras literárias, foram as
principais atividades realizados durante o encontro, com comunicações “interessantes”
como “Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”, “Uma palavra pode valer
mil imagens”, “A internet como fonte de poesia”, entre outros temas que mostra
as múltiplas interfaces da comunicação.
Para Vítor Ramalho, Secretário-geral da UCCLA, o VII Encontro
de Escritores de Língua Portuguesa é inovador, porque procura combinar o
romance e a literatura em geral com os novos desafios que se abrem das novas tecnologias,
sobretudo da imagem, as tecnologias de interação e a influência que têm nos
meios de comunicação social. “Para
além da marca da literatura, procuramos neste encontro fazer uma relação com
tudo aquilo que tem a ver com a comunicação e perceber até que ponto o formato
papel da literatura pode suportar os meios da comunicação social com variedades
de oradores de cinema, poesia, ficção, jornalismo, que entraram em diálogo para enriquecimento
recíproco entre os escritores dos diferentes continentes”, afirma Vítor Ramalho.
Óscar Santos, Presidente da Câmara Municipal
da Praia, frisa que, a realização desse evento na Capital do país, tem como principal
objetivo a valorização da cultura como fator de desenvolvimento da difusão da
literatura dos países da PALOP eafirmou
que, as próximas edições vão acontecer entre março e abril devido à intensa atividade
cultural que acontece por altura das comemorações do dia do município.
O evento que foi organizado pela União das Cidades Capitais
de Língua Portuguesa (UCCLA) em colaboração com a Câmara Municipal da Praia,
com apoio do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, contou com a
participação de mais de 20 escritores, jornalistas, de Cabo Verde, Portugal,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique, no qual para a maioria, este foi
um “encontro positivo, pela troca de experiência e pelo calor humano
desenvolvido”.
O encontro terminou com a assinatura de um protocolo entre o
secretário-geral da UCCLA, e o presidente da Câmara Municipal da Praia, para
que as próximas três edições sejam realizadas novamente na capital do país.