terça-feira, 30 de maio de 2017

José Pereira lança livro "Inventariação de Geocities na Ilha de Santiago"

"Inventariação de Goesitos na Ilha de Santiago”, é o novo livro do autor José Pereira, apresentado no auditório da Universidade de Cabo Verde. A obra Trata-se de uma iniciativa pioneira em Cabo Verde uma vez que, à data, não existiam ainda trabalhos relacionados com o património geológico do país.
O professor investigador, José Manuel Pereira, lança mais uma obra intitulado, “Inventariação de Goesitos na Ilha de Santiago", um incentivo à valorização e divulgação de goesitos, no qual acredita trazer contribuições para a comunidade académica sobre a questão da conservação da diversidade geológica.
segundo apresentadora da obra, o livro é de fácil compreensão para todos aqueles que procuram melhor conhecer o arquipélago de Cabo Verde, no seu contexto natural e considera-o como um elemento essencial do ponto de vista geológico e geomorfológico.
A obra que é pioneira em Cabo verde foi realizada no âmbito dos resultados obtidos durante a realização da dissertação do mestrado do autor, defendida na Universidade de Minho, em Portugal.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Música : a alma de Cabo Verde


 A música cabo-verdiana sempre teve um percurso crescente, sempre evoluiu graças à sua produção de qualidade, à sua divulgação através da Comunicação Social e ao seu consumo, tanto dentro como fora do país.




Manuel Tavares
Na visão do escritor Manuel Tavares ,“a formação do homem cabo-verdiano, nascido de uma variedade de gentes, influiu fortemente na edificação da sua forma de ser e de estar e ofertou-lhe uma cultura muito rica em quase todas as suas matrizes identificativas, o que acabou por enformar aquilo que constitui hoje a sua nação, com a música a soar bem alto na sua alma”. É caso para dizer que o cabo-verdiano traz a música nas suas veias, desde a nascença e ela tem-se afirmado como uma das principais manifestações existentes em Cabo Verde.Seguramente que não estamos a referir-nos às músicas tradicionais e isto entra em choque com aquilo que constitui a nossa marca e a nossa identidade.
O trabalho de fundo que as autoridades competentes têm que fazer é o ensino da música cabo-verdiana. Um trabalho que visa formar e informar mais as pessoas sobre a música tradicional e a importância que isso representa para o seu povo, enquanto elemento da identidade cultural. Até porque um povo sem identidade é um povo “despido de valores básicos”.
O que nos permite saber que, à semelhança do ser humano qualquer cultura sofre, consciente ou inconscientemente, transformações, isto é, não é estática. Na visão do sociólogo César Monteiro (2014): Nós somos produtos da globalização, sendo assim não podemos falar da música genuinamente cabo-verdiana. É necessário que deixemos a música funcionar de forma aberta, porque a música é dinâmica e não pode ser fechada. Quer se queira quer não, a música avança.
De maneira que, quer queira quer não, estamos condenados a inovar, a receber influências externas, até porque a música é um espaço aberto ao mundo e sofre naturalmente interferências e mexidas.
Muitos questionam e com alguma razão, que muitos festivais e espectáculos que são organizados em Cabo Verde não privilegiam, muito, as músicas tradicionais (Morna, Coladeira, Mazurka, Contra-Dança) mas sim ritmos musicais como o Zouk, Batida, Funaná, Rap, Reggae, isto é, ritmos mais modernos, quentes e mexidos.
A morna e a coladeira são das músicas que mais deram visibilidade ao país no exterior, com a Cesária Évora, Bana, Tito Paris, mas curiosamente, elas são pouco promovidas em sua própria casa.
São questões que nos remetem a uma certa reflexão e análise para uma posterior tomada de medidas que melhor contribuam para a protecção e valorização da nossa música tradicional. Isso não significa que devemos dar costas aos festivais ou que a realização destes é algo insignificante, porque num país de clima tropical quente como é o caso de Cabo Verde estas actividades têm contribuído para fazer juntar as pessoas, para relaxar, confraternizar, dançar, brincar e conviver ao som das músicas mais agitadas.
A música cabo-verdiana tem sido o elo de ligação entre povos e culturas diferentes. Alias várias vezes já se disse que vários povos passaram a conhecer Cabo Verde a partir da sua música. 
O importante e grande desafio que Cabo Verde tem, actualmente, pela frente é a candidatura da morna a património imaterial da humanidade, mas estamos esperançosos que esta música, que muito deu a Cabo Verde, tem todas as condições para chegar a esse nível e estar em pé de igualdade com as outras músicas. Resta aos organizadores dessa candidatura preparar um excelente conceito para apresentar aos decisores.
Sendo assim, resta-nos acrescentar um bem-haja à música e aos músicos cabo-verdianos, mas sobretudo um bem-haja Cabo Verde, país insular localizado no meio do Oceano Atlântico e que sempre inspirou e tem vindo a inspirar grandes músicos.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Causas da queda de cabelos em mulheres



Ao contrário do que possamos pensar, a queda de cabelo é um problema comum nas mulheres. Quando acontece, há uma perda de auto estima que afeta não só as relações interpessoais, como a vida profissional. Conheça as causas.



1 –  Existe um consenso que as pessoas perdem cerca de 100 fios de cabelos por dia. Isso é mito ou é verdade?
Perda de até 100 fios por dia é normal, desde que haja reposição dos fios. Essa perda só preocupa se os fios começam a se acumular no ralo da pia ou do chuveiro, na escova, nas roupas ou no travesseiro.

2 –  Qual é o tipo de queda de cabelo mais frequente em mulheres?
Um dos tipos mais comuns de queda de cabelo é o eflúvio telógeno, caracterizado pela diminuição dos fios em toda a cabeça. A queda pode ser aguda ou crônica e geralmente é causada por febres altas, dengue, anemias (causadas por menstruações intensas ou deficiências nutricionais), dietas radicais, medicamentos e no pós-parto.

3  –  A mulher pode ficar careca?
Outra causa comum é a alopecia androgênica – a calvície hereditária – que chega a atingir uma em cada cinco mulheres, de acordo com a Academia Americana de Dermatologia, nos Estados Unidos. Nesses casos, os fios da linha da testa são preservados e a mulher não ganha entradas, mas o cabelo da parte de trás e no alto da cabeça vai ficando mais ralo.

4-  Pessoas de determinadas raças estão mais propensas a isso?
A calvície pode atingir qualquer indivíduo, independente de sua etnia. Mas, as pessoas de origem caucasiana e árabe são mais afetadas, enquanto as orientais são geralmente menos atingidas. Não sabemos o motivo. Isso é apenas observado. É o que chamamos de dado epidemiológico. Porém, pode estar relacionado à sensibilidade ao hormônio masculino: povos mediterrâneos têm mais pelos e orientais menos pêlos.

5 –  Quais os tratamentos indicados na perda capilar feminina?
Evitar a oleosidade e a dermatite seborreica ajuda. Existem variados tratamentos, como shampoos, loções, medicamentos de uso oral, intradermoterapia ou mesoterapia capilar e tratamentos com feixes de luz vermelha e infravermelha – LED.

6–  A alimentação pode ajudar a retardar a queda dos fios?
O valor da alimentação adequada não pode ser subestimado. O controle de peso deve ser focado no exercício físico, e não somente pela restrição alimentar, fato comum entre muitas mulheres. A dieta adequada deve ser rica em proteínas e pobre em carboidratos. São indicadas carmes magras, principalmente peixes, que possuem ação antioxidante.


Para manter os cabelos saudáveis, pode-se fazer ainda suplementação com biotina (vitamina B). Os oligoelementos, como zinco, cobre e selênio, ajudam na constituição adequada dos fios, daí a importância da ingestão de nozes, amêndoas ou castanha-do-pará, ricas nesses componentes, mas sem exageros, além de duas frutas secas por dia também completam a dieta equilibrada.


Fonte: Jornal a Nação 


sábado, 20 de maio de 2017

Isenção de vistos aos cidadãos europeus à Cabo Verde

O governante de cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, declarou à comunicação social sobre a isenção de vistos para União Europeia e Reino Unido. A decisão que está a gerar contestações entre os partidos políticos é desconhecida pela maioria da população.

O livre acesso dos cidadãos da União Europeia e do Reino Unido para Cabo Verde é uma matéria que esta a suscitar polémicas no seio dos partidos.
De acordo com as informações recolhidas, o comunicado feito pelo governo ainda é   um assunto que muitos não conhecimento.

Os nativos africanos mostraram-se insatisfeitos com a declaração, alegando que esta demonstra a discriminação por parte do governo, uma vez que possuem laços de irmandade com os cabo-verdianos.

 Dos que mostram por dentro do assunto as opiniões dividem-se entre os que vêem na medida vantagens para a economia cabo-verdiana e os que a entende como um ataque a soberania do país e até mesmo uma forma de novo colonialismo.

Cidade da Praia comemora a boda de prata do festival Gamboa


A 25ª edição do Festival da Gamboa, que acontece no âmbito das comemorações do dia do município da Praia, aconteceu ontem e vai continuar hoje com muita música.
No primeiro dia do festival os artistas Bob Mascarenhas e Princezito fizeram a abertura do certame com uma homenagem a Nácia Gomi. a rainha de finason  . Jennifer Dias, Rapaz 100 Juiz e Loony Johnson são os artistas que se seguiram e o reggae man Anthony B fechou o primeiro dia.
Para hoje vai estar em palco, Cotxi Pó – Fidjus di Codé di Dona, Bulimundo, Djodje, David Brazão, Willy Semedo e Zé Spanhol e o cabeça de cartaz, o angolano, C4 Pedro são os artistas que vão estar em palco.
Já para o domingo, 21, acontecem o Gamboa Jovem e o Gamboinha , que é  um espaço para apresentar a ‘prata da casa’ dando lugar aos jovens artistas que estão a surgir o mundo da música.
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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Tereru di amizadi é um espaço  de conversa  com os jovens da Universidade de Cabo Verde e não só , que engloba várias atividades , como a  musica, poema, dança , entre outras, que decorre todas as quinta feira na UNICV. 



quarta-feira, 17 de maio de 2017

A falta da qualidade do ensino na UNICV

Cleide Teixeira
A entrada no ensino superior tem crescido cada vez mais nos últimos anos, pois a maioria quer garantir uma vida melhor e conquistar o mundo da educação porque este é um item fundamental para a construção de qualquer sociedade.

Focando no assunto, a qualidade do ensino na Universidade de Cabo Verde tem sido um desafio enorme para o país, pois este é o grande calcanhar de Aquiles. 


A instituição não tem condições suficiente para uma boa formação académica devido a falta de salas de aula, falta de equipamentos e para completar contratam professores com péssimas qualidades. O curso de Jornalismo que é um dos cursos que exige mais a pratica do que a teórica, os professores passam a maior parte do tempo a falar sobre os autores como por exemplo Kant, Durkheim, Aristóteles entre outros e antes de uma semana os alunos não se recordam nada sobre os autores por ser muita coisa. 

Não é que a teoria não é boa. Porque para fazer a pratica precisa se da teoria, mas para o curso de jornalismo o aluno deve sim saber como lidar com o microfone e câmara, sair para o terreno e saber como comportar perante um entrevistado. Com isso é de notar que a Universidade de Cabo Verde tem uma desorganização muito bem organizada que precisa ser vista para que possa ter bons profissionais.

O atendimento nos serviços académicos é uma das piores. Para ser atendido demora horas e horas porque no balcão de atendimento, só tem duas pessoas e isto não pode ser porque os alunos são muitos e cada um tem o seu problema.

Será que a universidade esta a pensar na qualidade do ensino? Esta a pensar sim, mais na quantidade de números de cursos em cada ano lectivo do que na qualidade. Muitos alunos optam em estudar ali, não por ser a melhor em termos do ensino, mas sim por ser uma Universidade pública e tem uma taxa da propina moderada.

É claro que comparando com o passado, a Universidade teve alguns avanços positivos, como a criação do código de notas de cada aluno, o cartão da identificação que favorece benefícios aos alunos, mas, precisa melhorar mais e deveria pensar seriamente em resolver os problemas acima indicado, principalmente no que desrespeito aos equipamentos e também arranjar uma nova estratégia na seleção dos docentes.

Estudantes do Liceu de Achada Grande Frente visitam NOSI e Data Center


Cerca de 40 alunos da Escola Secundária de Achada Grande Frente vão visitar esta quarta-feira,17, as instalações do NOSi e do Data Center, na cidade da Praia.

Esta visita tem como objetivo “consciencializar” esses jovens sobre as possibilidades de carreira disponíveis nas áreas das ciências, tecnologias, engenharias e matemática (STEM), assim como para a importância e os desafios que a era digital coloca aos meus jovens em termos de emprego.O WTISD marca o aniversário da assinatura da primeira Convenção Telegráfica Internacional e da criação da União Internacional das Telecomunicações (ITU) e este ano o tema do WTISD-17, é “Big Data for Big Impact”.

Um lema que se centra nas potencialidades do “Big Data” para o desenvolvimento e, segundo o NOSi “visa explorar como transformar dados imperfeitos, complexos, muitas vezes desestruturados em informações úteis no contexto de desenvolvimento”.

A iniciativa é promovida pelo Women in Tech Africa – Cape Verde Chapter (WITA CV), em parceria com o Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSi), e enquadra-se nas comeorações do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação (WTISD), que se assinala também hoje.





Fonte : Jornal a  Nação 

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Entre Picos de Reda: uma zona mergulhada na solidão

No interior de Santiago, Concelho de Santa Catarina, fica localizada a zona de Entre Picos de Rede. Clima agradável e fresco, com uma paisagem especial, com uma rua, raras vezes se ouve o barulho de carros a circular.

A maioria das casas são antigas, algumas cobertas de telha, mas o que chama mais atenção são algumas moradias bem-feitas, com cores chamativas.
Nesta localidade, dá para ver claramente que há uma diferença social muito grande, mas a harmonia entre os moradores tem o mesmo tamanho, porque ajudam uns aos outros, porque são parentes próximos, porque ainda não se corromperam no colo do vizinho.


Comércio não compensa
A solidão é quase extrema. Não há praticamente atividade comercial, que é muitas vezes exercida para dar resposta a falta de emprego. Segundo os moradores, esta atividade não existe porque eles não têm condições para investir nesse ramo. 

Quem tem possibilidades não arisca, porque Entre Picos de Rede tem uma população muito pobre, e muito reduzida. Com isso, a população recorre aos mercados na Cidade de Assomada para fazer compras.

O maior problema de uma localidade maioritariamente jovem é comum: a falta de emprego. Poucas famílias possuem um agregado familiar com um emprego fixo. Forçosamente, o meio de subsistência dessa população é a agricultura de sequeiro e a criação de gado. É o que garante a segurança financeira e comida na mesa das famílias.

Sem trabalho
Os jovens desta localidade não têm nenhum tipo de lazer. Nem polivalente, nem praça, nada. Edneia Pereira, adolescente de 17 anos, conta que não há nada para distrair ou onde ir, passa a vida a ver televisão, assim que anoitecer. “Faço as minha tarefas domésticas, depois de terminar, fico sentada na rua sem nada para fazer”, queixa-se Lenira Furtado.

Para frequentarem a escola secundária têm que se deslocar até a Cidade de Assomada, o que já obrigou abandono por falta de meios para custear despesas como propinas e transportes. É claro que há alguns que chegaram ao 12º ano, mas não têm como ingressar o ensino superior na Praia ou mesmo em Assomada. Por isso choram por um emprego.

Alicia Pereira. Este jovem de 20 anos que terminou o ensino secundário no ano 2015, mas não teve qualquer apoio nem por parte dos familiares nem por parte do governo, para continuar os seus estudos. Para ela, a vida em Entre Picos de Rede é um tédio. «É só assistir T.V e visitar a minha amiga», desabafa Alicia.


Todas caracterizam a terra que as viu nascer da mesma maneira. “Entre Picos de Rede é uma terra esquecida tanto pelo Presente, como pelo Governo”, conclui Alicia.

V Encontro Internacional de Reflexão e Investigação na UNICV

Durante dois dias foi realizada o V Encontro Internacional de Reflexão e Investigação, na Universidade de Cabo Verde,  com cerca de 30 comunicações de 15 investigadores pertencente aos países da CPLP.

São investigações feitas em cursos, em formas de projectos que tem trazido condições valiosas para o país.

Ao todo vão ser apresentados nove painéis, com temáticas ligadas a área do desenvolvimento humana, que tem a ver com a educação linguística, o ensino da língua, a literatura, a memoria do colonialismo e pós-colonialismo.


Todas essas atividades cientificas  foi realizadas ontem e hoje no Campus de Palmarejo e contou com a participação de professores universitários da Universidade de Cabo Verde,  do Portugal, da Angola, do Brasil e da Republica Checa.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Romeu di Lurdes, um jovem de sete ofícios


Romântico assumido, Romeu di Lurdes é a nova promessa da música tradicional cabo-verdiana, um jovem dos sete ofícios que, entre os estudos, a música e o ativismo social, encontra tempo para sonhar como um futuro Ministro.

Romeu de Lurdes, nome artístico de Carlos Manuel Tavares Lopes, 28 anos, cantor, compositor, instrumentista, poeta, ativista e animador social, tornou-se há cinco anos conhecido do público cabo-verdiano ao participar no concurso musical “Talento Strela”.

Assumidamente romântico e com nome artístico a condizer, Romeu di Lurdes entende que é o romantismo “que retrata a sensibilidade e a alma das coisas”. “Costumo dizer que nasci no dia 14 de fevereiro (Dia dos namorados)”, brinca o cantor, que nasceu a 03 de setembro de 1989, no concelho de Santa Cruz, interior da ilha cabo-verdiana de Santiago, e vive atualmente na cidade da Praia. 

“A minha música é para arrepiar, é para tocar e fazer as pessoas sentirem o calor da tradição, do amor, da amizade. Não tenho vergonha de usar palavras que usamos no dia-a-dia, porque, afinal, o que identifica é o que vivemos. Canto o quotidiano com toda a minha a alma”, reforçou.

Vindo de uma família “com grande amor e paixão pela música”, Romeu di Lurdes começou a interessar- se pela música ainda criança, influenciado pela mãe Lurdes, que em casa cantava ritmos tradicionais cabo-verdianos. Foi de resto com o dinheiro da venda de um telemóvel oferecido pela mãe que, aos 18 anos, comprou a primeira guitarra, que ainda hoje o acompanha por toda a parte.

Em 2010, foi para Portugal, onde viveu um ano e quatro meses com a mãe. A saudade e a nostalgia fizeram afirmar a cabo-cabo-cabo-cabo-verdianidade, tendo encaminhado nessa altura pelos gêneros mais tradicionais, como batuco, finançon, tabanca, mornas e coladeiras. “Nessa altura acreditei que escrevendo sobre o quotidiano do meu povo, conseguia ver a minha cidade e o meu povo de perto”, recordou, indicando que tem como referências no país, entre outros, os músicos Princezito e Orlando Pantera.

 Terminou a sua licenciatura  em Gestão de Patrimônio Cultural, e esta a fazer o seu  mestrado em Portugal, editar em livros os  versos que tem escrito e, um dia, chegar a ministro da Cultura cabo-Verdiana, porque acredita que “para fazer algo importante é preciso estar numa posição decisiva”.

O músico é ainda responsável por um projeto social no bairro de Ponta d`Água, um dos mais problemáticos da Cidade da Praia, referenciado por violência e delinquência juvenil. Com o lema “Desenvolver a comunidade através da cultura”, o projeto ensina crianças e jovens a tocar vários instrumentos musicais, com o objetivo de construir famílias e sociedades mais saudáveis.

Romeu considera ser “desgastante” conciliar os estudos, com a música o ativismo social, não faltando momentos em que pensa em desistir, mas entende que “com amor, fé e dedicação tudo é mais suave e mais eficiente”. “Conciliando essas coisas, sempre há dificuldades, há alturas que são mais exigentes, mas quando damos mais de nós recebemos mais para nós”, concluiu.



“Flor di Sperança” conquista o mundo da música e dança

Novembro de 2013. Ar fresco da sombra de «Lemba lemba». É neste ambiente que nasce o grupo musical «Flor di Sperança», na localidade dos Engenhos, interior de Santa Catarina. Jovens cheios de talentos, decidiram ocupar os tempos livres ao som do batuque, «txabeta» e finação. 

Onde tudo começou
Tudo começou debaixo da sombra de «Lemba lemba», jovens trocaram ideias entre si e dão-se conta que tem sonhos em comum, cria um grupo de batuque.

«A forma como surgiu Flor de Esperança parece telepatia. Tinha as minhas ideias, fazia uma investigação sobre a cultura da minha terra, para assim compor as letras da música com o sabor da cultura. Um dia estávamos sentados ao ar livre com violão a cantar. Reunimos nos e surgiu a ideia de criar um grupo, cada um dava a sua ideia e dai construímos materiais necessário e começamos a fazer ensaios», relembra Edna Carvalho, um dos elementos do grupo.

 O sucesso e conquistas
Jovens cheios de sonhos começaram a trabalhar para idealizar os projetos. Depois de um ano surge o convite para participarem no programa Show da Manhã na Televisão de Cabo Verde (TCV).«Mas antes já tínhamos dado vários espetáculos: participamos nos festivais das festas dos municípios (em Assomada, Calheta, São Domingos) e entre vários outros sítios», enumera Edna Carvalho.

No ano passado, o grupo ganhou primeiro lugar no concurso de Batuque realizado por Izac Vicente, organizador dos eventos em parceria com a Câmara Municipal de Assomada, onde ganharam um cheque de 50 mil escudos, com a gravação de um CD-DVD na ilha do Sal. «Foi um resultado merecido e continuamos a fazer do batuque a nossa bandeira.

 Nós trabalhamos com toda a dedicação para chegar onde chegamos, embora tivemos algumas dificuldades, mas conseguimos ultrapassar e vencer. Para o sucesso é preciso trabalhar duro e acreditar naquilo que queres, não importa necessariamente onde estás, tens que ter uma estratégia e uma equipa que funciona», diz Maria Borges a vocalista do grupo.

Os elementos do grupo acreditam que tem potencialidades para irem mais longe. O grande sonho é dar espetáculos fora de Cabo Verde e conseguir patrocínio para gravação do próximo álbum. «A nossa vontade é maior do que o desejo. Já temos cerca de 48 músicas a espera do patrocínio para podemos fazer a gravação. Como diz o ditado: a esperança é último a morrer».  

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Helsy Barros lança cover “A nossa vez”, dos Calemas

Jovem de 20 anos lança online um cover do tema “A nossa vez”, da dupla são-tomense ‘Calema’. O vídeo desta versão já conta com mais de 8 mil visualizações no ‘Youtube’.
Helsy, que cursa o terceiro ano de Estudos Ingleses na Uni-CV, na cidade da Praia, conta que sempre gostou de cantar. Começou a dar os primeiros passos na escola secundária Napoleão Fernandes, na Assomada. Chegou a concorrer a dois programas nacionais de caça-talentos, o ‘Talentu Strela’ e o ‘Estrela Pop’.
Depois da publicação de um vídeo na rede social ‘Instagram’, um conhecido apresentou-lhe o DJ Elvis, da produtora VIP Music, e abriu-se assim uma porta para o mundo da música. Desde então, Helsy gravou alguns temas, um dos quais deve sair no verão deste ano. As letras são da sua autoria, já que a jovem também compõe.

Confessa que não era adaptada à música tradicional cabo-verdiana, mas que acabou por lhe ganhar o gosto e, hoje em dia, prefere essa corrente. Entre as cantoras que a inspiram cita Lura, Ceuzany e Elida Almeida. Ao lado do DJ Elvis, Helsy participou na edição de 2017 do Atlantic Music Expo (AME). Futuramente, gostaria de lançar um trabalho discográfico.

quarta-feira, 3 de maio de 2017



Sétima edição dos CVMA



Os artistas Calema, Richie Campbell, Nancy Vieira, Chando Graciosa e Thierry Cham são os convidados para atuar na sétima edição dos Cabo Verde Music Awards by Unitel T+.
Na gala dos CVMA, agendada para 06 de maio à, os convidados vão juntar-se a muitos outros artistas, onde terá várias “surpresas” no evento que tem como tema “África”.
O evento acontece nas instalações da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC), na Cidade da Praia, e a gala promete mais uma vez, ser um “momento ímpar” de premiação da música e dos músicos nacionais.
Os bilhetes que custam dois mil escudos, e de acordo com a organização, já estão à venda nas lojas Unitel-T+, Hotel Oásis Praia-mar, Nhô Eugénio Livraria e na Loja Harmonia.
Este ano, segundo os responsáveis, a gala debruçou-se sobre uma “causa nobre”, que é a sensibilizar para o consumo abusivo de álcool, ou seja, foi escolhida a campanha “Menos álcool, mais Vida”, da Presidência da República, para a parceria de responsabilidade social do evento.
Para a noite de 06 de maio estão selecionadas 16 categorias com artistas como Teté Alhinho, Cremilda Medina, Assol Garcia, Ceuzany, Nelson Freitas, Loony Johson, Djodje e Josslyn, entre outros.